sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Nós duas...

Eu não concordava com ela, ela me achava chata!
Eu gargalhava com ela, ela ria comigo!
Eu chorava por mim, ela chorava por nós!
Eu convidava para o chá, ela trazia o pão e o leite!

Eu, metida, achava que sabia de tudo, ela sabia coisas do outro mundo,
Eu tive a sensação de tê-la conhecido, ela veio me encontrar na porta da escola.
Eu tive duas meninas, ela me deu duas irmãs.
Nós ouvíamos  música juntas!

Só música boa... no piano, na sala de concerto, bem delicada.
Só música boa... no carro enquanto estávamos no trânsito, indo ao cinema para ver um filme bem tranquilo.
Só música boa... na sala da casa dela.
Na minha memória... só música boa.

E obras de arte... Renoir, nossa paixão.

Viajamos algumas vezes...
Águas de Lindóia, na Páscoa
São Vicente, no Réveillon
Praia Grande, no Carnaval
França, no momento de decisão
Buenos Aires, na hora do chá de Las Violetas!

Nossa viagem que gorou vai ficar para outro plano...
O plano físico já era, agora só no astral
Que, aliás, era ótimo!

Ela foi...
Partiu assim de repente - como diz a música.
Deixou todos nós de boca aberta e coração partido.




2 comentários:

  1. A permanência fica na memória e no sentimento... depois, caminha para o infinito.
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. É assim que tem de ser...sempre a memória!

    ResponderExcluir