quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

..." que já estou de saco cheio!", dizia o poeta.



Você leva o cachorro para passear, recolhe o cocô, dá o nó na sacolinha de plástico e deixa no canteiro da árvore? Então, não venha bater panela no meu ouvido.
Você encontra a amiga na fila do caixa, puxa papo, fura a fila e faz cara de paisagem? Então, não me fale de corrupção.
Você molha a mão do fiscal, para conseguir aquele papelzinho importante para a sua vida? Não reclame comigo que “assim não dá – bando de fdp”!
Você põe a verdura amarelada, no meio daquele pouquinho que ainda está fresco. Me deixe em paz com suas acusações.
Você diz que é orgânico e joga inseticida na frutinha do bebê? Sai pra lá, cara!
Você dá uma de mané no trânsito... fora meu!

Não me enche, não me amole, não tem argumento que me convença. 

Volte daqui a 500 anos e me encontre na fila do cinema brasileiro, da exposição de arte, da compra do ingresso para o show... vamos curtir juntos, depois que você descobrir o que é ser civilizado, falô?