Lembro de uma musiquinha daquele programa épico Vila Sésamo, ( só de ler os créditos, já dá uma coisa ) da década de deixa prá lá.
"Tô com raiva, muita, muita raiva... raiva." ( clique aí, você não vai se arrepender )
Lembro porque tive raiva, raiva, muita raiva os últimos dias.
Do tombo que levei e que machucou a mão. Da Covid, que, insidiosa, chegou porque sim "todos vamos pegar" e sim, porque as pessoas são estúpidas o bastante para engolir os lugares comuns. Do carro, que eu dirijo bem mais ou menos, e vai ter de ter o espelhinho trocado, a lateral polida e tenho de lidar com isso e não gosto. Da chuva, que devemos amar, porque é prasenteira, que cai nas vidas abandonadas desse país. Raiva do exame que tive de fazer. Raiva de gente que segue ingênua ( ou não ), quando já deveria ter aprendido alguma coisa nessa vida.
Tô com raiva, muita, muita raiva...
Mas, vai passar.
Eu sou uma pessoa, acima de tudo, que sente e espera a raiva passar. Não alimento. Prefiro rir.
Rio com a leitura, com os amigos, com os parentes, com a TV, com o cachorro que passa, com a minha mãe ( que sabe rir, como ninguém, da vida que tentou passar a perna nela o tempo todo ).
A raiva é um sentimento que explode em mim, porém não sou uma raivosa violenta. Sou mais uma raivosa indignada.
Ando indignada e com raiva.
No entanto, há momentos de riso frouxo e lágrimas emocionadas.
É isso...