terça-feira, 31 de julho de 2012

Amigos viajantes I


Gosto muito de ouvir amigos contando suas histórias... principalmente quando se trata de histórias de viagens. A Paula tem uma que eu adoro... é do tempo em que ela e a amiga, Cidinha, foram Brasil a fora pegar carona em um avião da Força Aérea. Havia essa possibilidade. Parece que ainda há. Era o momento em que viajar significava busca de liberdade individual, fora do sistema, como falávamos então. Decidir aonde ir, como ir, o que fazer e quanto tempo ficar. Decisões que formavam individualidades. Fora do período de férias, sem o consentimento da família, elas tiraram um tempo para ver o que ia acontecer, depois de um período de trabalho conturbado, greves, escolhas. Foram quatro meses no Nordeste. Conhecendo gente, experimentando viver em outros lugares. Surpresas, aventuras, descobertas, caronas.  Onde dormir, na casa de quem? Quem não pensou em fazer uma viagem dessas? “Liberdade para as borboletas”, como no filme! Se pensamos, hoje, em segurança, medo, certezas; com certeza, não eram essas as preocupações naquele momento em que estavam descobrindo o mundo. As situações complicadas foram superadas por terem encontrado, na maioria das vezes, pessoas generosas e hospitaleiras e, segunda elas, por serem ingênuas, apostavam sempre no lado bom da humanidade. Há poucos momentos na vida para se acreditar assim, não é?  Sem fotografias, só memória... foi assim que essa história me foi contada e assim são algumas das nossas melhores experiências . Os detalhes vão se concretizando cada vez que ouvimos um pouco mais e vão ficando melhores, mais vivos. 

E aqui uma matéria de um site de mochileiros...


Quantos amigos, quantas histórias. Vou contando devagar... até!


9 comentários:

  1. É sempre muito bom conhecer as experiências diferentes dos outros. Puxa, eu sempre tão preocupada e organizada nas viagens, nunca pensei nessas possibilidades. Obrigada por compartilhar! Bjs! Luciana

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  2. Era um outro tempo... tempo de outras perspectivas! Outras, tão importantes quanto as nossas de hoje! "Para tudo há um tempo", certo?Bjs, Elaine

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  3. Lendo seu texto,lembrei-me de minha primeira aventura de viagem.Eu e uma amiga fomos de carona até Trindade.Dormimos em uma barraca,curtimos o momento junto à natureza por uns três dias e de là fomos ,novamente de carona,para Paraty.Era nossa primeira viagem a essa encantadora cidade e nos apaixonamos logo de cara.Ficamos dez dias entre camping e albergue.fazíamos passeios de canoa e nem nadar sabíamos....era nossa grande aventura.
    A história da Paula me fez lembrar de um belíssimo filme de Sean Penn :“Na Natureza Selvagem ".Gostei demais desse filme.Fica a diga. Bjs Val

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  4. É tão bom poder lembrar um tempo desses... obrigada pela dica! bjs, saudades!

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  5. É... viagens proporcionam experiências que marcam.Se, em grupo,melhor ainda!Serão anos de trocas, de histórias e lembranças...até ouví-las, nos faz "viajar" juntos, tal como na infância...se todos descobrissem isso, que mundo melhor,não teríam tempo para muita coisa inútil como principalmente pensamentos negativos, insegurança que geram até doenças... O filme "Na Natureza Selvagem"que a Val cita, foi um dos filmes que mais curti, veja: uma história de viagens, encontros e encantos.(Viu, Elaine, acho que descobri um nome bem adequado para nossos roteiros)Bem, temos tanto a falar de Viagens...pensando bem,entre amigos, se passa um bom tempo recordando, contando e ouvindo, é a mágica do mundo das palavras!

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  6. Ana... preciso ver esse filme! Palavras são mesmo mágicas! Podem tudo, criam tudo! Hay un autor: Ramón Maria del Valle-Inclán, que escribió una obra interesante... Divinas palabras. Tragicomedia de aldea (teatro)pero tambíem dije que "son malditas palavras". Hay que cuidarlas... vale?

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  7. Bienaventuradas o malditas, las palavras se quedán en un universo intrigante en que hay que cuidarlas siempre...En esto juego se presenta la magia. La obra de Ramón del Valle,las "Divinas Palavras" desperta tanto interés,ha visto las muchas adaptaciones que sufrió por toda el parte del mundo.

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  8. Ainda pensando nas palavras, existem aquelas que não são suficientes pra dizer tudo o que se sente e que se tem a dizer, aquelas que veem em forma de espanto "a sombra da palavra"- citações sobre a obra de Clarice Lispector.

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