4 de agosto – sáb – 10h às 12hClarice Lispector (Ucrânia, Haia 1925 – Brasil, Rio de Janeiro, RJ 1977)Palestra por Yudith RosenbaumConto: Amor
na obra: LISPECTOR, Clarice. Laços de família: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. (e outras edições)disponível em: BMA / Circulante e Coleção Geral; outras bibliotecas do Sistema Municipal de Bibliotecas
Leitura leva a mais leitura... nenhuma novidade. Mas, como é gostoso aproveitar esses encontros que a leitura proporciona. Quantas vezes já falei a respeito de Clarice Lispector durante minha vida de professora? Tantas... No entanto, ela é sempre única. A cada leitura, não são as sensações repetidas, nem as lembranças que mais me surpreendem, são as novas e únicas redes com que o texto de Clarice consegue me envolver. Sábado, na Biblioteca Mario de Andrade, mais uma vez me senti assim. Como se fosse a primeira vez, ouvindo falar de Clarice, pensando em seu conto mais conhecido, estabelecendo relações com as leituras recentes. Enid e Alfred, personagens de Correções, de Franzen; a mulher de Federico Mayol, de Viagem Vertical, de Vila-Matas; e até com a nossa Capitu, de Machado de Assis. Ela, generosa, permite ao leitor tecer suas próprias interpretações... pobre leitor ingênuo! Quantas armadilhas generosas... Como o último parágrafo do conto:
"E, se atravessara o amor e o seu inferno, penteava-se agora diante do espelho, por
um instante sem nenhum mundo no coração. Antes de se deitar, como se apagasse uma vela,
soprou a pequena flama do dia."
Com a sua última armadilha... "como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia"
Aqui, entre outros, está o texto integral: http://www.releituras.com/clispector_menu.asp
Até mais,
Quantas armadilhas generosas.... é mesmo!
ResponderExcluirSurpreendente!inevitável é fazermos relações nas leituras(personagens que vamos conhecendo)mas, fora todo impacto na crítica da época, por inovar nas técnicas de expressão, introduzir elementos novos,etc...Clarice se coloca em liberdade de ser,em questionamentos,em temas humanos como as relações com o outro,falsidade das relaçoes humanas,a condição social da mulher,o esvaziamento das relações familiares e tudo isso na década de 40!
ResponderExcluirÉ uma das grandes... Ana! Vamos sempre nos surpreender com ela. Adorei o convite... quem tem uma amiga sempre atenta, não perde essas oportunidades. Obrigada!
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