quarta-feira, 25 de abril de 2018

"É sempre lindo andar pela cidade de São Paulo"

Estou aqui matutando, matutando...

Tenho visto uns fatos estranhos na cidade. Uns picham, outros limpam voluntariamente...

Uns espalham bandeiras... umas não sei quantas espalhadas pela cidade sem ninguém pedir, em qualquer lugar, inclusive na - Ponte das Bandeiras - patrimônio público.

Outros, na calada da noite, fazem o que consideram - imagino que foi por isso - uma boa ação, pintando o nosso belo Convento do Largo São Francisco.

Nesses tempos de justiça a qualquer preço que, na maioria das vezes, significa grandes injustiças, tem gente achando que sabe tudo e tem de nos ensinar, cidadania, solidariedade e patriotismo.

Não considero cidadão quem resolve invadir a cidade com suas bandeiras do Brasil, penduradas em qualquer lugar. A bandeira é linda e eu gosto dela.

Gosto de ver nossa bandeira em determinados lugares. A do Planalto Central é linda... naquela cidade tão devassada pelo que existe de pior em matéria de patriotismo, ela me lembra que o Brasil é maior que eles.

Já aquelas bandeiras, numerosas e sem significado, nas pontes da cidade de São Paulo acabam nos insultando.

Os misteriosos pintores, disfarçados de funcionários públicos devem ser uma bestas que não sabem que a parede do Convento é histórica. Aliás, não devem saber ou estudar história. Só se acham no direito de fazer algo que consideram - imagino - de bem... Cruzes... essa expressão está parecendo a bandeira invasora. De bem... como assim? Pobre dos frades franciscanos, tentando explicar o processo para restauro do edifício. Pobre da cidade nas mãos dessa gente de bem, fajutamente de bem.

E a solidariedade dos cidadãos que limparam a pichação do Pátio do Colégio? Também não concordo com a pichação. Não gosto por uma questão estética. Aquele excesso me agride. Mas é só.

Nunca vi solidariedade percorrer o Pátio do Colégio e lavar o mijo, acumulado, dos pobres miserabilizados pela condição de abandono em que se encontram.

Nunca vi solidariedade, recolhendo o lixo que as lojas teimam em deixar em todas as portas do nosso glorioso centro histórico.

Nunca vi solidariedade cidadã, recollhendo o cocô dos cachorros das madames, postos em saquinhos plásticos, jogados nos canteiros de todas as ruas dessa pobre cidade abandonada.

Estou matutando e matutando... quem essa gente fake que anda por aí, achando que povo não sabe nada? Não sabe valorizar a bandeira, não ama o Convento do Largo São Francisco, não visita o Pátio do Colégio. Quem é essa gente? Garanto que de brava gente brasileira não tem nada.

Alguns serão paus mandados, outros serão espertalhões e outros os corvos de sempre!







É isso











sexta-feira, 20 de abril de 2018

Um lugar deve existir Uma espécie de bazar Onde os sonhos extraviados Vão parar ( A moça dos sonhos, Edu e Chico )

Quase triste de tão alegre...

Fiquei quase duas horas no sagão à espera das amigas.
Com trilha sonora adequada, pude observar as atendentes se postarem, as faxineiras irem e virem, o bar ser montado, os sofás - aos poucos - serem ocupados.

Foram chegando, fazendo suas fotos, dando abraços calorosos.
Riam ao ver os amigos, tinham bengalas e cabelos brancos
Bonés para esconder os poucos cabelos

A rigor, de preto e xale
À vontade, de tenis e camisa xadrez

Tomaram cerveja
Agua, drinks fajutos
e beliscaram salgadinhos

Tudo para aplacar a ansiedade de reencontrar a juventude, a poesia, o "grito parado no ar"

Eu, pensando nessa geração, nessas mulheres fortes, de andar decidido e ideias revolucionárias, de cabelos brancos; nesses homens - meninos bonitos, galanteadores, magníficos boemios - uma geração magnífica.

Amigos, velhos camaradas, companheiras de luta, amantes apaixonados que preferiram envelhecer juntos, pais orgulhosos e seus filhos surpresos.

A moça jovem, escolheu vir só. Fazer uma foto com a cerveja em destaque e aquela selfie classica ao lado da foto do Chico.

Tanta gente, tanto mar

Vez ou outra me lembrei de mim mesma e da vida que era e já não é... da vida que é e sempre foi... da vida.

E então, elas chegaram... abraços, abraços, beijos, risos altos... fartos de alegria.

Entramos, sala cheia, enchendo, lotando, vibrando...

O Azul do cenário, o mar, a caravela a insinuar que essa vida continua, linda e bela.

Durante duas horas, foi mesmo... só a poesia, a melodia, a canção popular bem feita, a canção que será ensinada pelas professoras que ainda resistem, sendo professoras.

Durante duas horas... a beleza dessa linguagem que é portentosa, a da poesia da vida!
A que descreve malandros, amores, sambas
A que presta homenagens a quem, de fato, merece.

Duas horas...

Duas horas...

Duas horas...

Meu coração não me engana, aproveita a brevidade. Aplaude, canta junto, deixa o sol entrar.

https://www.youtube.com/watch?v=klFW6A-ECio

É isso, um texto atabalhoado de ideias e sensações... hoje é isso. Não dá mais para segurar...








sexta-feira, 6 de abril de 2018

Trata-se de uma outra coisa...


Tom Zé, com licença para usar sua placa... 



Gente de bem, gente bem burrinha, gente cínica, gente que pensa que é tudo... gente que não se enxerga e gente que sorri entre dentes; gente que vocifera, gente que rosna, gente inútil, janjões amparados por organizações paternalistas, meninos e meninas bobos e bobinhas, mulherzinhas que dirigem carrões com o celular em mãos, brutamontes e frequentadores de shows medíocres, gente que não lê, gente que vomita qualquer besteira que ouve sem pensar, gente que não pensa por pura preguiça, gente que carrega 51 milhões em mala na sala, gente que corre pela rua com.dinheiro saindo pelo ladrão, gente que pensa que só seus filhos devem vingar, gente que, gente que está babando... amém.

https://www.youtube.com/watch?v=oE8TeNwIqUI

Para deixar registrado...

É isso...