quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Vale um post!















Lá se foi
vai sempre
sempre volta
não importa
a coisa torta
que tenha sido um dia o ano que finda

Lá se foi
vai sempre
sempre volta
reviravolta
rebordosa
reescrita
redireciona
não importa
o que tenha sido
sempre volta...

A volta que ora dá
o ano a vida a terra o sonho
traz de volta aquilo em que não se acredita
traz de volta o jeito que se perdeu
traz de volta a vontade
a novidade
a - vá que seja - a esperança!
pronto disse a palavra proibida
a esperança repartida
que essa palavra traz de volta
que lá se foi
e sempre a coisa torta
revolta
sonha
espera!


A todos os leitores que não sei se existem, afinal...

Elaine

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um pouco de chuva...um pouco de literatura!


Então é assim o dia perfeito para ler....Chuva torrencial...um certo clima...friozinho nos pés, chá adoçado com mel, janela um pouco embaçada, folha verde grudada no vidro, luz quase nunca perfeita, perfume de casa vazia, crianças brincando no apartamento de cima, capítulo perfeito de Balzac, sonolência gostosa, livro caído de lado, cabelo roçando o rosto, travesseiro, almofada...palavra dizendo aquilo que é dificil dizer. Literatura e chuva. Um pouco de cada. Felicidade.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Um pouco de cinema Pop!

















Já estou apaixonada e é essa minha meta de Ano Novo! AssistirNine! Nove vezes nove!
Cinema! Cinema Italiano! Cinema Musical! Tudo junto! É demais para meu coração de cinéfila da Sessão da tarde!!!
bjs, cinematográficos aos possíveis leitores!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Curitibanas

Estamos aqui, a Paula e eu, quase indo embora...
Andando...descobrindo Curitiba, se perdendo em Curitiba!
Fotografando a Serra nebulosa, comendo banana todo dia!!!!

fotos...só mais tarde!
espaço Niemayer...fotografias, Vik Muniz e uma passagem corrida pelo Olho! Querem saber? Só mais tarde!
Paula e Elaine (aguardando Janeiro)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Vamos em frente!


Alunos interessados em Literatura fizeram uma bela leitura de Leite Derramado. Foi bom, meu bem!!! E então, um interesse novo por literatura africana. Surpresa e uma vontade de falar mais a respeito. Aqui vai:
Começar por Luuanda, de José Luandino Vieira, editado - finalmente e felizmente - pela Cia das Letras. Desperta a vontade de conhecer mais aqueles seres humanos que, vivos, nos mostram um pouco da sua realidade.

"[...] A questão da fome, a questão da repressão, a questão de surgirem personagens de camadas e classes sociais que, até aí, eram segregadas da literatura, parece-me (hoje, a esta distância, tanto quanto me vejo, até como personagem do meu próprio destino), parecem-me correctas... Quando escrevi o Luuanda a minha preocupação era ser o mais fiel possível àquela realidade. Se a fome, a exploração, o desemprego, surgem com muita evidência, não se trata de uma atitude preconcebida, de uma atitude consciente. É porque isso era — digamos assim — o aquário onde meus personagens e eu circulávamos... A questão da linguagem já não é tão inocente assim... Muito embora não pretendesse fazer uma cópia fiel da linguagem utilizada pelas camadas populares luandenses. Tenho que reconhecer — para o caso do Luuanda — que em certa altura eu achei até que teria um significado político: demonstrar que, na própria língua do colonizador, a nossa diferença cultural nos permitia escrever de modo que era difícil, ao próprio colonizador, entender o nosso código linguístico. Mas essa parte deliberada na criação de uma linguagem é apenas uma excrescência. Porque o meu intuito era (não consegui, com certeza!) criar uma linguagem ao nível literário a partir dos mesmos processos e das estruturas linguísticas bantas da região de Luanda. Que fosse homóloga da linguagem popular e não a sua cópia ou a sua reprodução [...]."

(Excerto de uma entrevista dada por José Luandino Vieira
a Pires Laranjeira, em 1994, para a Universidade Aberta)


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Virada da Educação"

Em outubro, SP haverá uma 'virada da educação', com foco no professor

Em outubro, o professor da rede pública municipal vai trocar o giz pelo violão, pelo pincel ou pelo microfone. Pela primeira vez, a cidade será palco de uma virada da educação, o "Valeu, Professor!", com 24h de arte, cultura, esporte e lazer espalhadas em parques, museus e nos Centros Educacionais Unificados (CEUs). A festa começa às 18h de 2 de outubro e vai até o dia seguinte. O mês inteiro haverá atividades especiais.
A novidade é que os educadores poderão revelar seus talentos ao público. Os músicos se apresentarão de madrugada no Mercado Municipal. Os escritores e poetas mostrarão suas poesias e contos na Casa das Rosas e nos CEUs. Os artistas plásticos vão expor suas pinturas e desenhos em um vernissage no prédio da Prefeitura, no Viaduto do Chá. De lá, as obras seguem para estações de metrô.
Mas alguns eventos serão exclusivos para os mestres. Estão programadas visitas noturnas à Pinacoteca e ao Museu da Língua Portuguesa. No Mercadão, aulas de culinária com chefs de cozinha. Na Galeria Olido, haverá sessões de cinema e aulas de dança de salão. Já o esportista pode escolher entre participar de uma bicicletada noturna pelas ruas do centro velho, que pretende reunir até 500 professores, ou de uma caminhada pelos pontos históricos da cidade. No Parque do Ibirapuera, estão programados cursos de jardinagem ou visita ao planetário. Em 16 CEUs, haverá uma programação especial com filmes, peças, atividades físicas e bailes.
"A nossa ideia é valorizar o trabalho do educador, colocando-o no centro da virada como protagonista em outras áreas como música, literatura e artes plásticas", explica o secretário da Educação, Alexandre Schneider. Para mais informações e inscrições para as atividades, acesse www.prefeitura.sp.gov.br/valeuprofessor.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pois, é...Balzac.


"Talvez algumas pessoas nada mais tenham a ganhar perto das pessoas com as quais vivem; depois de lhes ter mostrado o vazio de sua alma, sentem-se por elas secretamente julgadas com uma severidade merecida; mas, tendo uma necessidade invencível de elogios que lhes faltam, ou devoradas pelo desejo de parecer possuir as qualidades que não póssuem, esperam surpreender a estima ou o coração daqueles que são estranhos, com o risco de se decepcionarem um dia. Enfim, há indivívuos que nasceram mercenários e não fazem bem algum a seus amigos ou a seus parentes porque eles lhes devem; ao passo que, ao prestar servicos a desconhecidos, disso recolhem um ganho de amor próprio: mais o círculo de seus afetos está próximo, menos o amam; mais se amplia, mais prestativos são." ( Pai Goriot, de Honoré de Balzac)

Então, invísiveis leitores, ele sabe tudo da alma humana...concordam?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Coração das trevas



"Que curiosa a vida é - este misterioso arranjo de impiedosa lógica a serviço de um propósito fútil. O mais que podemos esperar dela é algum conhecimento de nós mesmos - que infelizmente chega tarde -, uma safra de arrependimentos que nunca se extinguem."

" Mostremos a eles que existe em nós algo realmente lucrativo, e não haverá limites para o reconhecimento de nossas capacidades."

"Mas tanto o amor diabólico como o ódio sobrenatural dos mistérios em que ele penetrava lutavam pela posse daquela alma saciada de primitivas emoções, ávida de fama enganosa, de falsas distinções, de toda a aparência de sucesso e poder."

( Joseph Conrad)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Memória de elefante


Então...a Flip deu alguns resultados. Entre eles, a leitura do romance inaugural de António Lobo Antunes, Memória de elefante...Aqui vai um excerto.

"...acocorei-me a chorar ao pé de ti repetindo Até ao fim do mundo, até ao fim do mundo, até ao fim do mundo, certo da certeza de que nada nos podia separar, como uma onda para a praia na tua direcção vai o meu corpo, exclamou o Neruda e era assim connosco, e é assim comigo só que não sou capaz de to dizer ou digo-te se não estás, digo-te sozinho tonto de amor que te tenho, demais nos ferimos, nos magoámos, nos tentámos matar dentro de cada um, e apesar disso, subterrânea e imensa, a onda continua e como para a praia na tua direção o trigo do meu corpo se inclina, espigas de dedos que te buscam, tentam tocar-te, se prendem na tua pele com força de unhas, as tuas pernas estreitas apertam-me a cintura, subo a escada, bato ao trinco, entro, o colchão conhece ainda o jeito do meu sono, penduro a roupa na cadeira, como uma onda para a praia como uma onda para a praia como uma onda para a praia na tua direcção vai meu corpo."

Solidão, desencontro, amor imenso... António Lobo Antunes.
Minha edição, autografada, é da Objetiva de 2006.

domingo, 2 de agosto de 2009

Encantamento


Um rosto, um olhar
Embebidos de ternura
De quem busca a magia

Uma contadora de história
Um livro...
A fantasia da realidade
Que envolve a curiosidade
De leitores infantis

O jeito de criança
Congela um momento
Que alimenta a alma
Enriquece a mente
E dá prazer!

Lugar Comum


Uma calçada,
Uma praça
Em Paraty.
Encontramos lá,
Marcelo Tass!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O chá!








Caso alguém tenha ficado curioso e lembra do primeiro post dest blog...sim nós tomamos chá e usamos nosso aparelhinho de esquentar água que ganhamos do meu fiel companheiro! Mesmo no calor de Paraty havia um momento "tea for three".

terça-feira, 7 de julho de 2009

MOMENTOS ÚNICOS


A espera de um começo que eternizará outros momentos com quem tem muito a nos proporcionar.
Momentos de saber...
Momentos de ternura...
Momentos de risos...
Que se somaram ao prazer da companhia
De amigas especiais

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Alumbramento... epifania.
















Acho que minhas companheiras de Flip concordam que o grande momento foi ouvir a belíssima apresentação de Antonio Lobo Antunes. Emocionante descoberta para uns, confirmação para outros. O poeta, porque é isso que ele é... é o mau humorado mais de bem com a literatura e com as palavras que nós já tivemos o privilégio de conhecer. Uma face serena e atormentada...uma boca num esgar e num sorriso...as mãos que procuravam algo para segurar...e as palavras! metafóricas, poéticas, respeitosas com a literatura e... que felicidades... com o leitor. Viva o autor Antonio Lobo Antunes. Parabéns ao mediador Roberto Werneck pela interlocução saborosa...

Para a Eternidade

Ontem a noite, quando cheguei em casa e mostrei as fotos da viagem para a minha família, o Pedro, meu filho, me mostrou o poema "A Última Canção do Beco" e depois de ter respirado Manuel Bandeira por 5 deliciosos dias aí vai esse presente, que assim como o próprio poeta diz, não desaparecerá nunca, mas tudo o que vivi ficará ETERNAMENTE na minha memória:

Beco que cantei num dístico
Cheio de elipses mentais,
Beco das minhas tristezas,
Da minhas perplexidades
(Mas também dos meus amores,
Doa meuá beijos, dos meus sonhos),
Adeus para nunca mais!

Vão demolir esta casa,
Mas meu quarto vai ficar,
Não como forma imperfeita
Neste mundo de aparências:
Vai ficar na eternidade,
Com seus livros, com seus quadros,
Intacto, suspenso no ar!

Beco que nasceste à sombra
De paredes conventuais,
És como a vida, que é santa
Pesar de todas as quedas.
Por isso te amei constante
E canto para dizer-te
Adeus para nunca mais!

Manuel Bandeira (1942)

sábado, 4 de julho de 2009

O Beco


Também é o beco
o que vejo.
Mas adivinho a Glória,
a baía, o chão do horizonte.
E sei que,
no escuro,
o bico de um barco me olha.
Eucanaã Ferraz

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Nós na fila















Depois de 5 horas de estrada com duas paradas e vários cafezinhos, chegar à FLIP é o maior presente, um alumbramento!
Estamos na fila para comprar todos as passagens para essa linda viagem !

quinta-feira, 2 de julho de 2009

terça-feira, 30 de junho de 2009

Pé na estrada!


EU JÁ ESTOU COM O PÉ NESSA ESTRADA QUALQUER DIA A GENTE SE VE. SEI QUE NADA SERÁ COMO ANTES AMANHÃ!!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Olha que lindo poema de Chico Buarque e Vinicius de Moraes na voz de Ana Carolina ! Vocês se lembram desta canção?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Previsão do tempo - Será que chove??

É o que queremos saber...mas e sábado e domingo? Chove?



Seg, 29/06 Sol com algumas nuvens. Chove rápido durante o dia e à noite.
máx: 19ºC
mín: 14ºC
chuva: 2mm

Ter, 30/06 Sol com algumas nuvens. Não chove.
máx: 23ºC
mín: 15ºC
chuva: 0mm

Qua, 01/07 Sol o dia todo sem nuvens no céu. Noite de tempo aberto ainda sem nuvens.
máx: 26ºC
mín: 17ºC
chuva: 0mm

Qui, 02/07 Sol com algumas nuvens. Não chove.
máx: 24ºC
mín: 17ºC
chuva: 0mm

Sex, 03/07 Chuvoso durante o dia e à noite.
máx: 17ºC
mín: 15ºC
chuva: 16mm

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Crianças...jovens e adultos!

Procurem na página oficial da Flip
as programações destes dois eventos paralelos...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Passeando com o poeta

Trilhando os mesmos passos... quem sabe ouviremos a voz do poeta!


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tá em casa???


Aguarde a transmissão online, ao vivo, dos eventos da FLIP 2009.

terça-feira, 16 de junho de 2009

15/06/2009 - 08h35 Para Gay Talese, participar da Flip é aprender com brasileiros TERESA CHAVES, Folha Online.

Um dos principais nomes entre os autores internacionais a participar da Flip-2009 (Festa Literária Internacional de Paraty) é o do jornalista e escritor norte-americano Gay Talese. Conhecido como um dos protagonistas do new journalism --estilo que mistura narrativa literária e técnica jornalística--, e exímio autor de perfis, Talese vai discutir na Flip, que ocorre entre 1º e 5 de julho, o tema "fama e anonimato", homônimo de um de seus livros, de 2004, lançado no Brasil pela Cia. das Letras, também responsável pela publicação do recente "Vida de Escritor" (2009), "A Mulher do Próximo" (2002) e "O Reino e o Poder" (2000).

Em entrevista exclusiva à Folha Online, por e-mail, Talese, 77 --atualmente em viagem para comemorar seus 50 anos de casamento--, diz que participar da festa literária em Paraty é para ele uma experiência de aprendizado com brasileiros que se preocupam com a escrita e com escritores.

sábado, 13 de junho de 2009

Para aqueles que não conseguirem participar da FLIP, Simon Schama, historiador britânico e um dos principais convidados, será sabatinado no dia 6 de julho no Teatro Folha.
Famoso por tansformar palestras que poderiam ser sisudas em descontraídas performances, transforma o produto final de uma reflexão mais profunda em algo acessível ao público. Será um ótimo programa.
Olivia

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A arte de amar - Manuel Bandeira



















Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Vamos embora pra Pasárgada?

















Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira


Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.


Texto extraído do livro "
Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90

sábado, 6 de junho de 2009

Programação alternativa! Quem vai?

Mesa Euclides da Cunha No ano do centenário da morte de Euclides da Cunha (1866-1909), o escritor Milton Hatoum, o crítico literário Francisco Foot Hardman e a professora Walnice Nogueira Galvão conversam sobre o autor de Os sertões. Na mediação, o jornalista Daniel Piza, que este ano trilhou o mesmo caminho percorrido por Euclides da Cunha na Amazônia no começo de século XX. O evento é parte da programação FLIP - Casa da Cultura.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ingressos!















Se a organização da Flip distribuisse os ingressos nas caixas de cereais do café da manhã seria menos insano do que a maratona que enfrentamos nesta segunda feira, 01/06.
Sistema fajuto que trava antes do início das vendas (hummmm!!!!,impossível não pensar em uma teoria do jeitinho malandro que dispõe de ingressos a outros que não os leitores que enfrentaram frio, chão e falta de organização) Brigamos contra os velhinhos - todos simpáticos e antenados, diga-se de passagem - da fila; contra o invisível responsável pela logística ilógica da distribuição dos ingressos; contra o menino de olhos esbugalhados que tinha uma única função de olhar a tela do computador e nada mais; contra a injustiça social; contra a força da grana que ergue e destrói coisas belas e mais umas coisas de que nem lembro mais...e rimos muitos com a moçada bem-humorada que foi buscar o avô no asilo para furar a fila!!! Afinal, precisamos de inventar táticas de sobrevivência na selva escura dos festivais de Literatura!
Afinal temos o ingresso...não aqueles todos que queríamos, não "os melhores", temos aqueles que o pane deixou para nós ali naquela fila de compra...depois de cinco horas!!!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Hi! Hi! Hi!







Ingressos à venda a partir das 10h do dia 1 de junh0
Os ingressos para a FLIP 2009 começam a ser vendidos na próxima segunda-feira, dia 1 de junho, por internet (www.ingressorapido.com.br), televendas (4003-1212, número nacional) e nos pontos-de-venda da Ingresso Rápido.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Profundamente, Manuel Bandeira



Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Vozes cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.
No meio da noite despertei
Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam errantes
Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?
— Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente.
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci.
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.

Cadernos do cárcere

"Em qualquer trabalho físico, até no mais mecânico e degradado, existe um mínimo de qualificação técnica, um mínimo de atividade intelectual criadora. Todos os homens são intelectuais - pode-se dizer; mas nem todos os homens têm na sociedade a função intelectual. Não se pode separar o homo faber do homo sapiens. Todo homem, fora da sua profissão, exerce alguma atividade intelectual, é um filósofo, um artista, um homem de gosto, participa de uma concepção de mundo, tem uma linha de conduta moral: contribui para suster ou para modificar uma concepção do mundo, isto é, para suscitar novos modos de pensar."

terça-feira, 26 de maio de 2009

O livro...sempre o livro!

Ontem, 25 de Maio, estivemos, a Paula e eu, em uma palestra com Milton Hatoum. Uma das boas coisas que ouvimos foi a defesa do livro e da literatura neste momento de tempos tão urgentes que desdenham da hora da leitura...como se fosse uma hora perdida! Por isso, é tão importante a contribuição da nossa amiga Olivia! Leiam...


Dentre os instrumentos inventados pelo homem,

O mais importante é, sem dúvida, o livro.

Os demais são extensões de seu corpo.

O microscópio e o telescópio são extensões da visão;

O telefone uma extensão da voz e finalmente temos

O arado e a espada, ambos extensões do braço.

O livro, porém, é outra coisa.

O livro é uma extensão da memória e da imaginação.

(Jorge Luis Borges, 1978)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Coisas que podem fazer ajudar na hora H

Uma resistência para esquentar água para o chá da noite!
Toda professora que se preze toma chá à noite. Principalmente depois de uma palestra...um novo livro para ler...ou apenas porque está frio, ora essa! Então minha amiga Olivia falou a respeito de uma tal resistência que serve para esta específica finalidade...esquentar a água do chá!
Aqui vai ela...Meu fiel companheiro achou em uma lojinha da Liberdade e trouxe para nós...não é ótimo?

sábado, 23 de maio de 2009

Plano A; plano B

Difícil e gostoso escolher a agenda...